📉 Bitcoin : A demanda recua apesar dos influxos para os ETFs
Bem-vindo à Daily tribune de sábado, 05 de julho de 2025 ☕️
Olá Cointribe! 🚀
Hoje é sábado, 05 de julho de 2025 e, como todos os dias de terça a sábado, resumimos para você as notícias das últimas 24 horas que não podia perder!
Mas primeiro…
✍️ O cartoon do dia:
Um olhar rápido sobre o mercado
🌡 Clima:
☀️ Ensolarado
Recapitulação de cripto de 24h! ⏱
🇨🇳 JD.com e Ant Group defendem um stablecoin yuan offshore
JD.com e Ant Group defendem a criação de um stablecoin lastreado no yuan offshore, emitido sob supervisão do banco central chinês em Hong Kong. O objetivo é competir com a hegemonia do dólar nos pagamentos digitais internacionais, ao mesmo tempo facilitando a circulação do yuan fora da China continental.
📉 Forte queda na demanda por Bitcoin apesar das compras institucionais
Em um mês, a demanda líquida por Bitcoin caiu 895.000 BTC, segundo os últimos indicadores de fluxo. Essa contração ocorre mesmo com os ETFs continuando a registrar influxos positivos.
🏛️ FMI se opõe a subsídios energéticos para mineração crypto
O Fundo Monetário Internacional rejeitou o pedido do Paquistão para subsidiar a eletricidade destinada às operações de mineração. A instituição alerta sobre os riscos de distorções econômicas e tensões nas infraestruturas energéticas nacionais.
⚖️ SEC suspende o ETF Grayscale Solana/XRP
A SEC suspendeu a listagem do GDLC, um ETF multiativos incluindo Solana (2,8%) e XRP (4,8%), poucos dias após sua aprovação.
A crypto do dia: Quant (QNT)
🧠 Tecnologia e inovação
Quant é uma plataforma de interoperabilidade blockchain centrada no Overledger, um sistema operacional DLT patenteado. Lançada em 2018 por Gilbert Verdian, ela permite que empresas e governos interconectem blockchains públicas e privadas via uma API universal, sem necessidade de pontes nem smart contracts específicos.
Overledger permite que desenvolvedores criem MApps (Aplicações multi-cadeia), orquestrem transações cross-chain e conectem sistemas bancários tradicionais (CBDC) às redes descentralizadas. Quant desempenha papel central na transformação das infraestruturas financeiras e tecnológicas, trazendo segurança, conformidade e modularidade.
💰 Utilidade principal e vantagens do token
O token QNT é essencial para o ecossistema Quant:
Permite acesso e licença para usar o Overledger (via taxas de API).
Pode ser staked ou bloqueado por operadores (gateways) para participar da segurança e das receitas da rede.
Serve para pagar taxas de transação intercadeias e licenças anuais dos operadores.
Participa da governança das atualizações do protocolo, embora esta seja principalmente dirigida pela fundação Quant.
Este modelo permite uma granularidade de uso para empresas, alinhando os interesses dos fornecedores.
📊 Dados do mercado (em 5 de julho de 2025)
Preço atual: 106,90 $ USD (agregado e arredondado)
Variação em 24 h: +0,41 %
Capitalização de mercado: ≈ 1,293 bilhão de $ USD
Ranking CoinMarketCap: #60
Oferta em circulação: 12.072.738 QNT
Volume de negociação em 24 h: ≈ 11,4 milhões de $ USD
GENIUS Act: a arma monetária americana que preocupa a Amundi
Aprovada no Senado, a legislação americana sobre stablecoins provoca fortes preocupações por parte da Amundi. Com 2 trilhões de euros sob gestão, o gestor de ativos teme uma fragilização do sistema financeiro global. Os riscos? Uma desintermediação bancária, pressão sobre moedas emergentes e uma ascensão do dólar digital.
Um marco legal que abala os equilíbrios financeiros
Em 17 de junho de 2025, o Senado americano aprovou o GENIUS Act, uma lei federal destinada a regulamentar a emissão de stablecoins lastreados no dólar. Essa iniciativa exige que esses ativos digitais sejam cobertos 100% por títulos do Tesouro americano, condição que visa reforçar a segurança dos detentores ao mesmo tempo que garante liquidez ótima. No papel, esse dispositivo parece calibrado para tranquilizar os mercados. Mas suas implicações globais preocupam atores importantes das finanças tradicionais.
Entre eles, a Amundi, líder europeia em gestão de ativos, acredita que esse marco pode gerar uma série de desequilíbrios profundos. Vincent Mortier, diretor de investimentos do grupo, teme que os stablecoins americanos se transformem em "quase-bancos", captando depósitos em detrimento dos bancos tradicionais. Ele menciona o risco de um "efeito deslocamento" para instituições bancárias e moedas soberanas não americanas.
As projeções sobre a dimensão do fenômeno são significativas. Os ativos em stablecoins podem pular de 500 bilhões para 2 trilhões de dólares em curto prazo. Atualmente, 98% dos stablecoins são lastreados no dólar, e mais de 80% das transações ocorrem fora das fronteiras americanas, mostrando a escala de sua internacionalização. Um marco federal lhes ofereceria maior legitimidade, justamente quando sua adoção explode.
Rumo a uma dominância do dólar digital?
Um dos efeitos colaterais desta lei seria o aumento mecânico da demanda por títulos do Tesouro. Ao obrigar emissores de stablecoins a deter esses ativos como garantia, o Tesouro americano receberia novos influxos de capital. À primeira vista benéfico, essa dinâmica poderia contudo acentuar a dependência dos mercados da dívida americana, criando uma bolha regulatória favorável a novos desequilíbrios.
Em escala internacional, o impacto nas moedas emergentes pode ser desestabilizador. A perspectiva de um dólar digital onipresente ameaça diretamente a autonomia dos bancos centrais não americanos. A atratividade desses stablecoins poderia provocar fuga de capitais, afetando a capacidade de gestão monetária dos países afetados. Para a Amundi, a situação já sugere uma transferência de soberania monetária em benefício dos Estados Unidos.
Diante desse movimento estratégico, a Europa permanece retraída, embora o regulamento MiCA estabeleça um primeiro marco. Instituições como o Banco de Compensações Internacionais (BIS) ou o Banco da Itália alertam agora para os riscos sistêmicos de uma dominância sem contrapeso do dólar digital. A reação do Velho Continente determinará sua capacidade de preservar um equilíbrio monetário multipolar.
Com o GENIUS Act, os Estados Unidos avançam uma peça-chave na guerra das moedas digitais. Resta saber como o resto do mundo — Europa à frente — planeja responder a essa ofensiva.