⏳ Bitcoin: Uma escassez programada ameaça 42 % da oferta em circulação
Bem-vindo ao Daily de quarta-feira, 17 de setembro de 2025 ☕️
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Hoje é quarta-feira, 17 de setembro de 2025 e, como todos os dias de terça a sábado, resumimos as últimas 24 horas de notícias que você não pode perder!
✍️ O cartoon do dia:
Um olhar rápido sobre o mercado
🌡 Clima:
☀️ Ensolarado
Recapitulação de cripto de 24h! ⏱
💰 Solana atinge 4 mil milhões $ em reservas de tesouraria corporativa
Solana reuniu mais de 17,11 milhões de tokens SOL em tesourarias de empresas, avaliados em mais de 4,03 mil milhões de dólares, segundo a Strategic Solana Reserve. A Forward Industries detém 6,8 milhões de SOL (≈ 1,61 mil milhões USD), e as reservas representam quase 3 % da oferta em circulação de SOL.
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🤖 IA: Google estabelece as bases de um novo modelo transacional
A Google apresenta um protocolo open-source que permite a agentes de IA efetuarem pagamentos entre si através de cartões bancários ou stablecoins indexados ao dólar, no âmbito do projeto Agent-to-Agent (A2A). Coinbase, Salesforce, American Express e mais de 60 empresas participam neste projeto concebido para automatizar as trocas financeiras entre softwares inteligentes.
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🚀 ETFs de Bitcoin nos EUA registam 2,3 mil milhões $ em entradas, um recorde em três meses
Os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA captaram 2,3 mil milhões de dólares em entradas durante a semana de 8 a 12 de setembro, o melhor desempenho semanal em três meses. BlackRock, Fidelity e Ark Invest concentraram mais de 2 mil milhões destes fluxos, num contexto de expectativa de cortes nas taxas da Fed.
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🛡️ Regulamento MiCA: França considera bloquear certas empresas cripto
A França ameaça recusar o “passaporte MiCA” a empresas cripto licenciadas em Estados-membros da UE considerados demasiado permissivos, para combater o “regulatory shopping”. A AMF e outros reguladores pedem um reforço do papel da ESMA a fim de harmonizar a supervisão das plataformas cripto na União Europeia.
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📌 Cripto do dia: The Graph (GRT)
🧠 Qual inovação e valor agregado?
The Graph é um protocolo descentralizado de indexação e consulta de dados blockchain. Ele permite que os desenvolvedores criem subgraphs — APIs abertas que organizam e filtram eventos on-chain — para que as dApps possam recuperar dados de forma eficiente.
A inovação reside na sua capacidade de tornar os dados da blockchain acessíveis, estruturados e consultáveis como uma base de dados tradicional, mas em versão descentralizada. O The Graph constitui assim uma infraestrutura crítica para a DeFi, os NFTs e o Web3.
💰 O token GRT: Utilidade e vantagens para os detentores
O GRT está no centro do protocolo como token utilitário.
Os indexadores devem depositá-lo para garantir a segurança da rede e são incentivados a fornecer um serviço confiável. Os curadores sinalizam com GRT os subgraphs relevantes, orientando a indexação. Os delegadores podem delegar seus GRT aos indexadores e receber uma parte das recompensas. Finalmente, os consumidores pagam suas consultas em GRT.
Para os detentores, o token oferece benefícios concretos: staking ou delegação para gerar rendimentos, governança do protocolo e participação no crescimento do ecossistema.
📊 Desempenho em tempo real (17 de setembro de 2025)
💵 Preço atual: 0,093504 USD
📉 Variação em 24 h: −0,58 %
💰 Capitalização de mercado: 979.944.146 USD
🏅 Ranking no CoinMarketCap: #80
🪙 Oferta em circulação: 10.480.187.013 GRT
📊 Volume de negociação (24 h): 33.761.633 USD
Bitcoin: uma oferta em vias de desaparecimento programado?
O bitcoin é frequentemente associado à sua volatilidade e aos seus ciclos de mercado espetaculares. No entanto, outro fator poderá transformar de forma duradoura o seu futuro: a escassez progressiva da sua oferta disponível. Um relatório da Fidelity Digital Assets destaca uma tendência preocupante para alguns, promissora para outros: cerca de 42 % dos bitcoins em circulação poderão tornar-se inacessíveis até 2032.
42 % dos bitcoins em breve fora do mercado
Segundo a Fidelity, cerca de 8,3 milhões de BTC poderão tornar-se “ilíquidos” nos próximos dez anos. Em outras palavras, estas unidades permaneceriam armazenadas sem nunca regressar ao mercado, reduzindo mecanicamente a liquidez disponível.
Duas categorias de atores estão na origem deste fenómeno:
Os detentores de longo prazo, cujas carteiras permaneceram inativas durante pelo menos sete anos.
As empresas cotadas, que acumulam volumes massivos de BTC, cada uma com um mínimo de 1.000 unidades.
Atualmente, 105 empresas públicas detêm cerca de 969.000 BTC, ou seja, aproximadamente 4,61 % da oferta total. A Fidelity salienta que estes dois grupos combinados poderão controlar mais de seis milhões de bitcoins até ao final deste ano, ou seja, 28 % da oferta máxima possível.
O relatório especifica que os detentores de longo prazo nunca reduziram as suas reservas desde 2016, e que as empresas só conheceram uma diminuição significativa: no segundo trimestre de 2022. Estes números refletem uma lógica de acumulação bem consolidada, que contribui para imobilizar uma parte crescente da oferta.
Oportunidade rara ou risco sistémico?
A escassez programada do bitcoin poderá criar uma dinâmica de valorização inédita. Menos liquidez significa, em teoria, uma pressão altista se a procura se mantiver. Mas a Fidelity chama também a atenção para outro risco: a concentração extrema das reservas num número limitado de mãos.
Hoje, estas carteiras institucionais e detentores de longo prazo já representam 628 mil milhões de dólares em BTC, a um preço médio de 107.700 dólares. Esta acumulação sustentada poderá alimentar uma forte tendência altista… mas também torna o mercado vulnerável a vendas massivas.
As últimas semanas oferecem um exemplo concreto: 12,7 mil milhões de dólares em BTC foram liquidados em apenas 30 dias, a maior vaga desde meados de 2022. Estes movimentos, orquestrados por uma minoria de atores, são suficientes para influenciar a tendência global.
Dois cenários emergem, portanto:
Se os detentores históricos continuarem a acumular, o bitcoin poderá beneficiar de um efeito de escassez acentuado.
Pelo contrário, uma reversão parcial ou uma vaga de liquidações poderá provocar uma correção brutal, com um impacto sistémico em todo o mercado cripto.
O relatório da Fidelity ilustra uma dupla realidade: o bitcoin torna-se estruturalmente mais escasso, mas também mais dependente das decisões de um punhado de atores. Para os investidores, isto significa navegar entre dois polos: a oportunidade de uma valorização reforçada pela escassez e o risco de uma instabilidade acentuada pela concentração.








