📉 Pequim abandona a dívida dos EUA: o BTC assume 💥
Bem-vindo ao Daily Tribune de sexta-feira, 25 de julho de 2025 ☕️
Olá Cointribe! 🚀
Hoje é sexta-feira, 25 de julho de 2025 e, como todos os dias de terça a sábado, resumimos para você as notícias das últimas 24 horas que não podia perder!
Mas primeiro…
✍️ O cartoon do dia:
Um olhar rápido sobre o mercado
🌡 Clima:
🌧️ Chuvoso
Recapitulação de cripto de 24h! ⏱
🏦 JPMorgan prepara empréstimos garantidos por criptoativos
O JPMorgan planeja autorizar a partir de 2026 empréstimos garantidos diretamente por Bitcoin ou Ethereum, permitindo que clientes desbloqueiem liquidez sem vender seus ativos digitais. Esta iniciativa representa uma grande mudança para o banco, que por muito tempo foi cético, com Jamie Dimon que anteriormente chamava o BTC de "fraude", e destaca a crescente normalização das criptos nas finanças tradicionais.
🔄 Chris Larsen sob pressão após transferência massiva de XRP suspeita de dumping
Entre 17 e 24 de julho, Chris Larsen transferiu cerca de 50 milhões de XRP (~140–175 milhões USD) para exchanges, causando uma queda de 8 a 12 % no preço do XRP (2,95–2,99 USD). Esse movimento ocorreu em um pico de valorização (~3,60 USD) e gera medo entre os analistas de um dumping disfarçado apesar da ausência de venda confirmada.
🔧 Ethereum se prepara para a atualização Fusaka em novembro, Glamsterdam em gestação
A atualização da rede Fusaka, prevista para novembro de 2025, incorporará 11 EIPs visando melhorar a escalabilidade, segurança e resistência à censura, após o hard fork Pectra. O planejamento da próxima atualização, Glamsterdam, também avança: poderá reduzir o time‑block para 6 s e aumentar o limite de gás para 45 M, com uma votação final do AllCoreDevs em 1º de agosto.
🇫🇷 64 % dos franceses interessados em pagamento com criptomoedas segundo pesquisa
Uma pesquisa realizada em junho de 2025 com 2.600 pessoas mostra que 63,98 % dos franceses interessados em cripto pretendem comprar em breve, enquanto 35,1 % planejam um investimento de 1.000 €, superando aqueles que preferem ações ou imóveis. Esses resultados se concentram principalmente na Occitânia e Grande Leste.
A cripto do dia: Litecoin (LTC)
🧠 Qual inovação & qual valor agregado?
Criado em 2011 por Charlie Lee, Litecoin é um dos primeiros forks do Bitcoin. Seu objetivo: fornecer uma versão mais rápida e leve da criptomoeda original. Graças ao algoritmo Scrypt e uma geração de blocos a cada 2,5 minutos, o Litecoin reduz drasticamente os tempos de confirmação enquanto mantém taxas mínimas.
A rede também incorpora funcionalidades avançadas como MWEB (MimbleWimble Extension Block), permitindo transações confidenciais. Litecoin permanece uma blockchain robusta, frequentemente usada como campo de experimentação técnica antes do lançamento no Bitcoin (ex: Lightning Network).
💰 O token LTC: utilidade, distribuição e vantagens
O token LTC possui vários pontos fortes:
Serve para pagar as taxas de transação, que permanecem muito baixas.
Permite testar inovações antes de sua adoção pelo Bitcoin.
Tem uma oferta limitada a 84 milhões de tokens, com cerca de 76 milhões atualmente em circulação, garantindo certa escassez.
É altamente líquido, disponível em todas as grandes plataformas e usado em muitas carteiras e soluções de pagamento em cripto.
📊 Desempenho recente
Preço atual: 115,39 $ USD
Variação em 24 h: +1,36 %
Capitalização de mercado: ≈ 8,79 bilhões $
Classificação no CoinMarketCap: #18
Oferta em circulação: 76.112.583 LTC
Volume de negociação (24 h): ≈ 966 milhões $ USD
A China se afasta do dólar: O Bitcoin à espreita
Enquanto os Estados Unidos afundam em uma espiral de dívidas colossais, a China, segunda maior economia mundial, muda discretamente, mas resolutamente, seu rumo. Ao reduzir drasticamente suas participações em títulos do Tesouro americano, Pequim envia um sinal claro: chegou a hora de romper com a hegemonia do dólar. Essa saída gradual de um pilar do sistema financeiro mundial não passa despercebida, especialmente à medida que as tensões geopolíticas se intensificam e os BRICS se organizam para redesenhar os equilíbrios monetários.
Nesse grande jogo de cadeiras musicais, um ator inesperado senta-se à mesa: o Bitcoin.
Pequim reduz suas reservas em dólares, Washington sob tensão
A China continua sua lenta, porém determinada, desdolarização. Em junho de 2024, suas reservas em títulos do Tesouro americano caíram para 765 bilhões de dólares. Esse nível, em declínio constante há vários anos, coloca agora Pequim atrás do Reino Unido (779 bilhões) e muito atrás do Japão, principal detentor da dívida americana com 1.111 bilhões, ilustrando uma reorientação estratégica da política monetária chinesa, em um contexto de crescentes tensões com os Estados Unidos.
Desde a crise de 2008, a participação da dívida americana detida por investidores estrangeiros caiu de quase 60 % para apenas 31 %. Assim, os Estados Unidos veem sua capacidade de financiar seu déficit orçamentário via exterior consideravelmente reduzida. Uma situação ainda mais preocupante visto que o Tesouro prevê para 2025 despesas superiores a 7.000 bilhões de dólares, contra 5.200 bilhões em receitas. Um desequilíbrio estrutural que leva Washington a multiplicar medidas protecionistas para conter a hemorragia do dólar, especialmente frente às ambições monetárias dos BRICS.
O Bitcoin, um candidato sério à alternativa monetária
Nesse cenário de fragmentação monetária, o Bitcoin surge como um candidato inesperado, mas credível, à sucessão do dólar nas trocas internacionais. Contrariamente às moedas estatais, o ativo digital baseia-se em uma oferta limitada a 21 milhões de unidades, tornando-o insensível à diluição monetária. Sua neutralidade, resistência à censura, bem como sua portabilidade global, o tornam particularmente adequado a um mundo multipolar, onde a confiança nas moedas soberanas está em declínio.
Seu uso via o Lightning Network permite além disso transações rápidas e de baixo custo, reforçando sua eficiência como meio de troca. Além disso, instrumentos como os stablecoins lastreados em Bitcoin permitem contornar sua volatilidade no curto prazo, facilitando seu uso em ambientes mais institucionais.
Em um ambiente onde as grandes potências competem para se libertar do dólar, o Bitcoin oferece uma alternativa tecnológica credível, não sujeita às lógicas geopolíticas tradicionais. Sua neutralidade algorítmica pode seduzir Estados em busca de diversificação monetária ou desejosos de evitar sanções americanas.
As fragilidades estruturais do dólar, exacerbadas pelo desinteresse da China e pela crescente tensão geopolítica, obrigam os Estados Unidos a reavaliar suas margens de manobra financeiras. Nessa recomposição silenciosa do cenário monetário global, o Bitcoin pode desempenhar um papel central como reserva de valor apolítica e ferramenta de liquidação transfronteiriça. Resta saber se os Estados ousarão dar esse passo, ou se preferirão manter sua dependência de um sistema que já não controlam totalmente.